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Missa de Cura

  • Suzete Barreto
  • 9 de fev. de 2009
  • 4 min de leitura

Algumas pessoas estranham o título afinal, toda missa deve ser de cura, porque é uma celebração da vida plena que Jesus veio anunciar: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância”. Vida em abundância quer dizer a vitória da felicidade sobre a tristeza; da coragem sobre o medo; do perdão sobre o ressentimento; do amor sobre o egoísmo e o ódio; da saúde sobre a doença; da vida sobre a morte. A saúde (e, portanto, a cura), é parte essencial da vida plena.

Jesus, na sua vida pública, mostrou como foi importante em sua missão, a saúde, curando todos aqueles que o procuravam com qualquer enfermidade, seja do corpo, da alma ou do espírito. Ao mesmo tempo, ele incentivava todos a viver de uma maneira saudável e responsável, sobretudo as pessoas curadas.

Já que a missão da Igreja é a continuação da missão de Jesus, tem que incluir a promoção da Saúde Integral, não somente de seus membros, mas de toda a humanidade. (“Para que todos tenham vida”). Isto implica o todo, porque a saúde de cada um depende da saúde da sociedade. Ninguém pode ter “vida em abundância” num mundo doente.

“Ele” está presente na comunidade reunida: “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”. É o mesmo Jesus que andava na Galiléia e “curava a todos”. Portanto, podemos acreditar que durante a celebração Ele tem a mesma disposição de atender nossos pedidos e estender sua mão para tocar em nossa alma, pelo perdão; em nossas emoções, pela paz; e em nossos corpos, pela cura física. O evangelista diz que “dele saiu uma força que curava a todos”, mesmo à distância.

A missa de cura é celebrada normalmente em um ambiente de alegria, pois este sentimento produz um efeito físico muito forte no corpo, soltando para o sangue os hormônios e anticorpos que combatem os organismos e substâncias causadoras de doenças, reforçando o sistema imunológico. A alegria também neutraliza os efeitos das emoções negativas como tristeza, ansiedade, desânimo e mágoa, que é a raiz de tantas doenças.

A alegria resulta do espírito de louvor e gratidão, assim como a celebração eucarística. Louvamos a Deus por ser criador de um universo cheio de maravilhas. Agradecemos a ele porque dentro do universo formou-se o nosso mundo, com o balanço certo de ar, água, terra e luz, o que possibilitou a vida. E a inteligência nos permite conhecê-lo, experimentar e reconhecer o seu amor.

A missa, celebrada com consciência, torna-se assim uma experiência maravilhosa de louvor e gratidão, de felicidade e alegria e, portanto, de cura de todos os males.

Deve ser celebrada em um lugar sagrado, ambiente físico de serenidade, silêncio e paz, longe do corre-corre de nosso mundo barulhento e estressante. Em um ambiente que facilite um encontro íntimo com Deus e diminua a ansiedade, que muitas vezes atrasa ou até impede a cura.

Este rutual, sagrado, evita o sensacionalismo e o sentimentalismo de certas sessões de “cura milagrosa”. Quem chega esperando ver o celebrante expulsando demônios ou mandando alguém numa cadeira de rodas levantar-se e andar, vai sair decepcionado. Mas, no final, as testemunhas simples de algumas pessoas que sentiram-se curadas física, emocional ou espiritualmente mostram o poder de Deus e levam os participantes a cantar seus louvores. Pode ser, ainda, uma oportunidade de esclarecer a necessidade e os meios mais adequados para cuidar da saúde antes de ficar doente ou depois de curado. Infelizmente, a maioria das pessoas só começa a valorizar a saúde depois que perde. E muitos, depois de curados, voltam aos velhos hábitos que causaram a doença.

Em muitas paróquias, celebra-se o sacramento da unção dos enfermos dentro da celebração eucarística. O específico deste sacramento é a cura física e emocional das pessoas, mas a cura espiritual não é ignorada, já que nunca se cura uma parte isolada de nosso ser. É sempre a pessoa inteira que fica curada. Na primeira carta de São Tiago (5, 14) lemos: “Alguém de vós está enfermo? Chamem os presbíteros da igreja para que orem por ele. A oração da fé salvará o doente, e se estiver em pecado, ele será perdoado”.

Outra missa de cura é a da reconciliação, quando celebra-se, ao mesmo tempo, o sacramento da penitência comunitária. Neste caso, o específico é a cura da alma, pedindo a Deus o perdão dos pecados e o poder de perdoar aos outros. De novo, pode ser um momento de cura emocional e física também.

Raramente celebra-se uma missa de cura pela imposição das mãos. É pena, porque a última promessa de Cristo aos que tinham crido ou iam crer nele reza assim: “Em meu nome… imporão as mãos sobre os doentes e estes ficarão curados”. Fora das igrejas, estamos experimentando hoje uma recuperação do poder de cura da energia transmitida pela imposição das mãos. Um destes métodos chama-se REIKI, pelo qual a energia transmitida não é da pessoa que impõe as mãos, e sim a energia (KI) divina ou universal (REI). O praticante simplesmente torna-se um canal e qualquer pessoa treinada pode tornar-se transmissora daquela energia. Também o padre que, na sua ordenação sacerdotal teve as mãos ungidas com óleo pelo bispo, justamente para exercer sua missão de “dar mais vida”.

Outros temas foram desenvolvidos para nossa missa de cura:

Cura pelo carinho, usando sal, água e óleo abençoados para massagear os pés;

Cura pela alegria, louvando e agradecendo, sobretudo no tempo pascal;

Cura interior, voltando às memórias conscientes e inconscientes para que sejam curadas as feridas ao longo da vida, mas sobretudo durante a gestação, infância e juventude;

Cura pelos elementos (ar, água, luz e terra), que foram usados por Cristo na cura de várias pessoas e são muito úteis nas terapias naturais;

Cura do medo (angústia, pânico, terror, ansiedade), que deixa muita gente estressada, deprimida e fisicamente doente neste mundo de tanta violência;

Cura para os cinco sentidos, olhando sempre a prática de Jesus na cura de pessoas que estavam sofrendo os efeitos da falta de um ou outro sentido e a importância que ele dava aos sentidos em sua vida.

Outros temas podem ser criados de acordo com a necessidade do grupo e da comunidade, e você também pode sugerir um deles.

Suzete é Naturopata, Iridóloga e Instrutora dos Exercícios Visuais. Autora do livro: Cuide de Seus Olhos

Contato: suzete@saudeintegral.com

Sites: www.saudeintegral.com, www.iridologiasp.com.br e www.metodobates.com.br

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